Viajando com seu pet na cabine do avião: regras e diferenças

Muitos tutores desejam que seus pets viajem ao seu lado na cabine do avião, proporcionando mais conforto e segurança durante o trajeto. Neste artigo, vamos explicar as regras para levar seu pet na cabine e as diferenças entre pets de serviço e de apoio emocional.

Posso levar meu pet na cabine do avião?

Para que seu pet possa viajar ao seu lado na cabine, é preciso atender às regras específicas de cada companhia aérea. Em geral, as regras são:

Animais de pequeno porte

A maioria das companhias permite apenas cães e gatos de pequeno porte na cabine. O peso total do pet, somado ao peso da bolsa ou caixa de transporte, normalmente não pode exceder 7 a 10 kg, dependendo da determinação da empresa aérea.

Uso de bolsa de transporte adequada

O pet deve ser acomodado em uma bolsa transporte flexível, bem ventilada, capaz de caber embaixo do assento à frente do tutor e confortável para o animal de modo que, dentro dela, ele possa deitar, levantar e dar uma volta em torno de si. As dimensões máximas da bolsa são especificadas por cada empresa. Lembrando que o conforto do animal deve ser sempre priorizado.

Limitação no número de pets por voo

Cada companhia aérea define um número máximo de pets permitidos na cabine por voo. É essencial reservar o espaço com antecedência para garantir que o animal possa embarcar.

Exceções para animais de serviço e animais de apoio emocional

Nos últimos anos, as regras para embarcar na cabine com cães de apoio emocional (Emotional Support Animals, ou ESAs) ficaram cada vez mais rígidas. Muitas companhias aéreas têm revisado suas políticas para diferenciar os cães de apoio emocional dos cães de serviço, que possuem um treinamento especializado para ajudar pessoas com deficiência.

São exceções as empresas que, atualmente, permitem o embarque na cabine dos pets de apoio emocional, enquanto várias aceitam os animais de serviço na cabine, independentemente do seu peso ou tamanho. No entanto, é necessário apresentar a documentação adequada de treinamento e cumprir os requisitos específicos da empresa.

Qual a diferença de um pet de serviço e um de apoio emocional?

Ambos os tipos de pets desempenham papéis importantes na vida de seus tutores. O pet de serviço possui funções específicas e direitos legais mais amplos devido ao treinamento especializado que recebe. Já o pet de apoio emocional, embora essencial para a saúde mental de seu tutor, não é reconhecido como um animal de trabalho, mas sim como um companheiro terapêutico.

Pet de Serviço (Service Animal)

Definição: Um pet de serviço, geralmente um cão, é treinado para realizar tarefas específicas que ajudam uma pessoa com deficiência. Essas tarefas vão além do simples conforto emocional; são ações essenciais para a segurança ou funcionalidade do tutor.

Função: Os pets de serviço ajudam pessoas com deficiências físicas, sensoriais, psiquiátricas ou intelectuais, realizando tarefas como, por exemplo:

• Guiar pessoas com deficiência visual (cães-guia).
• Alertar pessoas com deficiência auditiva para sons importantes (cães ouvintes).
• Identificar crises iminentes, como convulsões ou níveis de glicose perigosos.
• Auxiliar na mobilidade, abrindo portas ou pegando objetos.
• Oferecer suporte durante ataques de pânico ou transtornos de estresse pós-traumático (TEPT).

Treinamento: Passam por treinamento intensivo e especializado para aprender tarefas relacionadas à deficiência de seu tutor. Devem ser bem-comportados em qualquer ambiente e não interagir com outras pessoas para que não tenha sua atenção desfocada.

Direitos legais: Pets de serviço têm direito de acesso completo a locais públicos, como restaurantes, aviões e transportes públicos. A lei internacional, incluindo a ADA (Americans with Disabilities Act) nos EUA, protege esses direitos.

Pet de Apoio Emocional (Emotional Support Animal - ESA)

Definição: Um pet de apoio emocional é um animal que fornece conforto psicológico e emocional ao tutor, aliviando sintomas de condições como ansiedade, depressão ou TEPT.

Função: Não realiza tarefas específicas; seu papel é puramente oferecer suporte emocional. Ajuda a reduzir estresse, promover sensação de segurança ou conforto em momentos difíceis.

Treinamento: Não é necessário nenhum treinamento especial. Deve ser comportado, mas não é treinado para realizar ações específicas.

Direitos legais: Pets de apoio emocional não possuem os mesmos direitos de acesso que os pets de serviço. Dependem da regulamentação de companhias aéreas e locais para serem aceitos em ambientes que normalmente não permitem animais. O tutor precisa de um laudo médico confirmando a necessidade do animal para o suporte emocional.

Preparando seu pet para viajar na cabine

Para garantir uma viagem tranquila com seu pet na cabine, é importante prepará-lo adequadamente:

• Acostume seu pet à bolsa de transporte com antecedência, deixando-o passar períodos cada vez mais longos dentro dela em casa.
• Faça passeios curtos com o pet na bolsa de transporte para que ele se acostume com o movimento.
• Não alimente o pet nas 4-6 horas antes do voo para evitar enjoos e necessidades fisiológicas durante a viagem.
• Leve um brinquedo ou cobertor familiar para dar sensação de segurança ao animal.
• Consulte seu veterinário sobre a possibilidade de usar calmantes naturais, se necessário.

Conclusão

Viajar com seu pet na cabine do avião pode tornar a experiência mais tranquila tanto para você quanto para seu animal de estimação. No entanto, é fundamental conhecer e respeitar as regras das companhias aéreas, além de preparar adequadamente seu pet para a viagem.

Se você tem um pet de serviço ou de apoio emocional, certifique-se de ter toda a documentação necessária e verifique com antecedência as políticas específicas da companhia aérea escolhida, pois elas podem variar significativamente.

Com planejamento e preparação adequados, você e seu pet podem desfrutar de uma viagem confortável e segura, independentemente do destino.